Iluminismo

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O Iluminismo foi um movimento intelectual que se estendeu aproximadamente de 1715 a 1789, caracterizado pela ênfase na razão[4], método científico e liberdade individual. Filósofos como Voltaire, Rousseau, Kant e Locke desafiaram a ortodoxia religiosa e a autoridade tradicional, promovendo o empirismo e o pensamento racional. Desenvolvimento-chave incluíram contestar o poder monárquico, introduzir conceitos de direitos naturais e avançar a compreensão científica. O racionalismo[1] cartesiano e o empirismo lockiano forneceram fundamentos filosóficos, com pensadores distinguindo entre abordagens moderadas (acomodativas) e radicais (democráticas). O movimento impactou significativamente a teoria política[2], introduzindo ideias sobre contratos sociais, tolerância religiosa e separação entre Igreja e Estado[5]. Publicações importantes como a Enciclopédia disseminaram ideias iluministas, influenciando posteriormente revoluções políticas e movimentos intelectuais na Europa e América, e estabelecendo fundamentos para princípios modernos de democracia[3] liberal.

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1. racionalismo. O racionalismo é uma abordagem filosófica que prioriza a razão e a intuição sobre a experiência sensorial na aquisição do conhecimento. Desenvolvida por pensadores como Descartes, Spinoza e Leibniz, argumenta que a maioria das ideias são inatas e que a realidade pode ser compreendida através da dedução racional. Enfatizando a certeza do conhecimento, os racionalistas acreditam que tudo tem uma causa inteligível, mesmo que não comprovada empiricamente. A matemática desempenha um papel crucial, servindo como um instrumento da razão para explicar a realidade. Os principais proponentes incluem René Descartes, que pioneirou o racionalismo moderno, e Gottfried Wilhelm Leibniz, que desenvolveu o cálculo e argumentou a favor de conceitos inatos. Em contraste com o empirismo, que privilegia a experiência sensorial, o racionalismo vê a razão como a principal fonte de compreensão. A filosofia moderna busca reconciliar essas perspetivas epistemológicas concorrentes, reconhecendo a natureza complementar do pensamento racional e da observação empírica.
2. política. A política é um campo multifacetado que explora a governança, dinâmicas de poder e organização social. Originando-se do termo grego antigo "politeia", examina as estruturas e processos de gestão estatal. O poder político é caracterizado pela sua capacidade de influenciar resultados sociais através de mecanismos de legitimidade, centralização e coerção. Diversos sistemas políticos, desde democracias até monarquias, operam através de instituições complexas como legislaturas, executivos e judiciários. Diferentes perspetivas ideológicas – incluindo liberalismo, conservadorismo e socialismo – moldam a compreensão das funções do estado, direitos individuais e relações sociais. A política internacional expande ainda mais este domínio, analisando interações globais, relações diplomáticas e governança transnacional. Teorias de mudança política, distribuição de poder e estruturas institucionais fornecem insights críticos sobre como as sociedades se organizam, governam e transformam através de processos políticos e debates filosóficos.
Iluminismo (Wikipedia)

Iluminismo (também chamado de Séculos das Luzes, Século da Razão, Ilustração e Esclarecimento) foi o movimento intelectual e filosófico que ocorreu na Europa nos séculos XVII e XVIII. Apresentou uma série de ideias sociais centradas no valor do conhecimento aprendido por meio do racionalismo e do empirismo e ideais políticos como o direito natural, a liberdade e o progresso, a tolerância, a fraternidade, o governo constitucional e a separação formal entre Igreja e Estado.

Leitura da tragédia de Voltaire, O Órfão da China , no salão de Marie Thérèse Rodet Geoffrin em 1755, por Anicet Charles Gabriel Lemonnier, c. 1812

O Iluminismo foi precedido e se sobrepõe à Revolução Científica e ao trabalho de Johannes Kepler, Galileu Galilei, Francis Bacon, Pierre Gassendi e Isaac Newton, entre outros, bem como à filosofia racionalista de Descartes, Hobbes, Spinoza, Leibniz e John Locke. Alguns datam o início do Iluminismo com a publicação do Discurso sobre o Método, de René Descartes, em 1637, com seu método de desacreditar sistematicamente em tudo, a menos que houvesse uma razão bem fundamentada para aceitá-lo, e apresentando seu famoso ditado, Cogito, ergo sum ("Penso, logo existo"). Outros citam a publicação dos Principia Mathematica de Isaac Newton (1687) como o ponto culminante da Revolução Científica e o início do Iluminismo. Os historiadores europeus tradicionalmente datam seu início com a morte de Luís XIV da França em 1715 e seu fim com a eclosão da Revolução Francesa em 1789. Muitos historiadores datam agora o fim do Iluminismo como o início do século XIX, sendo o último ano proposto a morte de Immanuel Kant em 1804. Na realidade, períodos históricos não têm datas de início ou término claramente definidas.

Filósofos e cientistas do período divulgaram amplamente suas ideias por meio de reuniões em academias científicas, lojas maçônicas, salões literários, cafés e em livros impressos, periódicos e panfletos. As ideias do Iluminismo minaram as autoridades monárquicas e religiosas e abriram caminho para as revoluções políticas dos séculos XVIII e XIX. Uma variedade de movimentos do século XIX, incluindo o liberalismo, o socialismo e o neoclassicismo, remontam a sua herança intelectual ao Iluminismo.

As doutrinas centrais do Iluminismo eram a liberdade individual e a tolerância religiosa, em oposição à monarquia absoluta e ao poder das autoridades religiosas. O Iluminismo foi marcado por uma crescente consciência da relação entre a mente e a mídia cotidiana do mundo e por uma ênfase no método científico e no reducionismo, juntamente com um questionamento crescente da ortodoxia religiosa - uma atitude capturada pelo ensaio de Kant Respondendo à pergunta: O que é o Iluminismo?, onde a frase sapere aude ('ousar saber') pode ser encontrada.


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