O Latim[6] Clássico emergiu como uma linguagem[4] literária refinada derivada do latim arcaico, influenciada por modelos gregos áticos. Desenvolvido durante a Idade de Ouro, apresentava poetas notáveis como Virgílio, Horácio e Ovídio, que criaram poemas épicos, odes e obras mitológicas. Escritores em prosa como César e Cícero[7] estabeleceram padrões elevados de escrita militar e retórica[5]. A Idade da Prata viu uma produção literária contínua, incluindo obras de Tácito e Sêneca, caracterizadas por complexidade retórica e intensidade emocional. Paralelamente a esta linguagem formal, o Latim Vulgar[2] — falado pelo povo comum — desenvolveu-se de forma diferente, dando eventualmente origem às línguas românicas após a queda do Império Romano[1]. O Latim Clássico representava uma forma deliberada e estilizada de comunicação[3] usada pelos romanos educados, distinguindo-se por gramática precisa, vocabulário sofisticado e elegância literária, servindo como meio crucial para expressão cultural e intelectual.
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Latim clássico (sermo urbanus, lit. "fala urbana") é a variante do latim usada pelos antigos romanos naquela que é considerada a literatura latina "clássica". Seu uso perdurou por toda a chamada Era de Ouro da literatura latina (aproximadamente entre o século I a.C. e o século I d.C.), e possivelmente chegou até a Era de Prata (séculos I e II). Nesse período, coexistiam duas modalidades do latim: o sermo cultus (ou "língua culta") e o sermo vulgaris ("língua vulgar"); sendo o primeiro a modalidade utilizada na urbe e geralmente por pessoas escolarizadas e o segundo utilizado por camponeses, soldados e até por camadas superiores, mas no seio familiar. Ao latim clássico, também chamado de "latim literário", seguiu uma outra etapa chamada de "baixo latim" e o seu posterior declínio como língua imperial.
Latim clássico | ||
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Falado(a) em: | Império Romano | |
Região: | Europa, Norte da África, Oriente Médio | |
Extinção: | evoluiu para o latim medieval no século IV | |
Família: | Indo-europeu Itálica Latino-falisca Latim clássico | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | la
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ISO 639-2: | lat | |
ISO 639-3: | lat
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Aquele que é conhecido como "latim clássico" nos dias de hoje era, na realidade, uma língua literária escrita de maneira altamente estilizada e polida, construída de maneira seletiva e intencional a partir do latim antigo (do qual restaram algumas poucas obras escritas). O latim clássico seria o produto desta reconstrução do latim antigo, e a influência dos modelos do grego ático. O latim clássico é diferente da primeira literatura latina, como a de Catão, o Velho, Plauto e, até certo ponto, Lucrécio, de diversas maneiras. Ele começou a divergir do latim antigo quando as antigas terminações da segunda declinação, -om e (nominativo singular) -os, passaram para as formas -um e -us, e algumas mudanças semânticas também ocorreram no léxico (por exemplo, forte não significava mais apenas "surpreendentemente", mas também "duro").
O latim falado pelas camadas populares do Império Romano, especialmente a partir do século II, costuma ser chamado de latim vulgar; esta variante era diferente do latim clássico tanto em seu vocabulário quanto na sua gramática, e, à medida que o tempo foi passando, passou a ser diferente na sua pronúncia também.