Idade Média

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A Idade Média, tradicionalmente definida entre 476 e 1500 d.C., representa um período histórico complexo caracterizado por significativas transformações societárias. Após a queda do Império Romano[1] do Ocidente, novos reinos emergiram através de migrações e integrações culturais. A era é dividida em Alta e Baixa Idade Média, sendo a primeira marcada pelo crescimento demográfico, feudalismo[2] e conquistas culturais como catedrais góticas, enquanto a segunda experimentou desafios como guerras, fomes e a Peste Negra. Inicialmente vista como uma “Era das Trevas”, a erudição moderna reavalia o período como um tempo dinâmico de desenvolvimento cultural e tecnológico. Características-chave incluíam fervor religioso, expansões territoriais, mudanças nas redes comerciais e interações entre diferentes civilizações como a Bizantina, Islâmica e os emergentes reinos europeus. O período finalmente transitou para o Renascimento, representando uma fase crítica da evolução histórica europeia.

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1. Império Romano ( Império Romano ) O Império Romano evoluiu de uma república para uma civilização expansiva e complexa que abrangeu vários séculos. Inicialmente expandindo-se a partir da península itálica através de conquistas militares, desenvolveu sistemas administrativos e jurídicos sofisticados. A transição da república para o império ocorreu sob Augusto, que estabeleceu a governação imperial e iniciou o período do Principado. Ao longo da sua história, o império experimentou transformações políticas significativas, incluindo períodos de estabilidade sob os "Bons Imperadores" e crises subsequentes. A sociedade romana era caracterizada por infraestruturas avançadas, uma economia robusta baseada na agricultura e no comércio, e um sistema jurídico sofisticado. O latim servia como língua administrativa principal, e a cultura romana influenciou fortemente a arquitetura, o direito e as estruturas sociais. O ponto territorial máximo do império ocorreu sob Trajano, com os seus territórios ocidentais a caírem ultimamente para invasões bárbaras em 476 d.C., enquanto o Império Romano do Oriente (Bizâncio) continuou até 1453.
2. feudalismo. O declínio do Império Romano conduziu à fragmentação política e ao surgimento do feudalismo. Tribos germânicas estabeleceram-se dentro de territórios imperiais, transformando as estruturas sociais. Sistemas senhoriais desenvolveram-se com propriedades rurais centradas em senhores e camponeses, caracterizados por economias autossuficientes e comércio limitado. A organização política feudal era marcada por relações hierárquicas entre senhores, vassalos e servos, com poder descentralizado e autoridades centrais frágeis. A partir do século XIII, o crescimento urbano, as economias comerciais e a centralização real corroeram gradualmente as instituições feudais. A transformação foi impulsionada por mudanças demográficas, com a população europeia crescendo de 18 milhões em 800 para 34 milhões em 1200. A sociedade feudal compreendia três ordens distintas: clero, nobreza e camponeses, vinculados por obrigações mútuas e práticas consuetudinárias. A mudança gradual para o trabalho assalariado e modelos económicos proto-capitalistas desafiou e desmantelou, em última análise, os sistemas feudais tradicionais.
Idade Média (Wikipedia)
 Nota: Não confundir com Meia-idade.

A Idade Média (adj. medieval) é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna. A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna, sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média.

Réplica de um elmo encontrado em Sutton Hoo, na sepultura de um líder anglo-saxão e datado provavelmente de 620, durante a Alta Idade Média

Durante a Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade Tardia. Os ocupantes bárbaros formam novos reinos, apoiando-se na estrutura do Império Romano do Ocidente. No século VII, o Norte de África e o Médio Oriente, que tinham sido parte do Império Romano do Oriente tornam-se territórios islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de Maomé. O Império Bizantino sobrevive e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas preexistentes. O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia carolíngia, estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao século IX, quando se desmoronaria perante as investidas de Víquingues do norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul.

Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até ao Renascimento: o senhorialismo – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo — uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial e o direito a cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dos muçulmanos o domínio sobre a Terra Santa, tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão, e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas deste período.

Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a peste negra foi responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350. O Grande Cisma do Ocidente no seio da Igreja teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que estiveram na origem de inúmeras guerras entre estados. Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos. O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade europeia, concluindo a Idade Média e dando início à Idade Moderna.

Desde o Renascimento a Idade Média tem sido repetidamente condenada como uma era de obscurantismo, tirania, violência, declínio econômico, degeneração moral e confusão política. A partir do Romantismo, no século XIX, o período passou a ser reavaliado e muitos dos seus aspectos têm sido revalorizados, mas nem sempre com um juízo crítico imparcial e objetivo, persistindo muitos dos estereótipos e preconceitos que caracterizaram a historiografia ao longo dos séculos precedentes, e que ainda definem em larga medida a visão sobre a Idade Média na cultura popular. Leituras distorcidas e falseadas de seus valores, costumes e tradições também têm sido usadas para legitimar ideologias messiânicas, pseudocientíficas, reacionárias e extremistas de natureza política, étnica, religiosa, social e cultural. Apesar dessas distorções, os assuntos medievais têm atraído uma legião de simpatizantes entre o público leigo, têm dado inspiração para romances, filmes, documentários e outras produções, o acervo de arte e arquitetura medieval se tornou uma importante atração turística em muitos países, e o tema já produziu uma vasta bibliografia acadêmica, que não cessa de crescer.

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