O Império Romano evoluiu de uma república para uma civilização[1] expansiva e complexa que abrangeu vários séculos. Inicialmente expandindo-se a partir da península itálica através de conquistas militares, desenvolveu sistemas administrativos e jurídicos sofisticados. A transição da república para o império ocorreu sob Augusto, que estabeleceu a governação imperial e iniciou o período do Principado. Ao longo da sua história, o império experimentou transformações políticas significativas, incluindo períodos de estabilidade sob os “Bons Imperadores” e crises subsequentes. A société[2] romana era caracterizada por infraestruturas avançadas, uma economia robusta baseada na agricultura e no comércio, e um système[3] jurídico sofisticado. O latim[4] servia como língua administrativa principal, e a cultura[5] romana influenciou fortemente a arquitetura, o loi[6] e as estruturas sociais. O ponto territorial máximo do império ocorreu sob Trajano, com os seus territórios ocidentais a caírem ultimamente para invasões bárbaras em 476 d.C., enquanto o Império Romano do Oriente (Bizâncio) continuou até 1453.
O Império Romano (em latim: Imperium Romanum) foi o período pós-republicano da antiga civilização romana, caracterizado por uma forma de governo autocrática liderada por um imperador e por extensas possessões territoriais em volta do mar Mediterrâneo na Europa, África e Ásia. A república que o antecedeu ao longo de cinco séculos encontrava-se numa situação de elevada instabilidade, na sequência de diversas guerras civis e conflitos políticos, durante os quais Júlio César foi nomeado ditador perpétuo e foi assassinado em 44 a.C. As guerras civis culminaram na vitória de Otávio, filho adotivo de César, sobre Marco António e Cleópatra na batalha de Áccio em 31 a.C. Detentor de uma autoridade inquestionável, em 27 a.C. o senado romano atribuiu a Otávio poderes absolutos e o novo título Augusto, assinalando desta forma o fim da república.
Império Romano Senatus Populusque Romanus | |||||||||||||||||||||
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Lema nacional | Senado e Povo de Roma | ||||||||||||||||||||
Extensão máxima do Império Romano em 117, sob Trajano
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Região | |||||||||||||||||||||
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Países atuais | 49 Estados nacionais
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Língua oficial |
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Moeda | |||||||||||||||||||||
Forma de governo | |||||||||||||||||||||
Imperador | |||||||||||||||||||||
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Legislatura | |||||||||||||||||||||
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Período histórico | Antiguidade Clássica | ||||||||||||||||||||
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Estados antecessores e sucessores
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O período imperial prolongou-se por cerca de 500 anos. Os primeiros dois séculos foram marcados por um período de prosperidade e estabilidade política sem precedentes denominado Pax Romana. Na sequência da vitória de Augusto e da posterior anexação do Egito, a dimensão do império aumentou consideravelmente. Após o assassinato de Calígula em 41 d.C., o senado considerou restaurar a república, o que levou a guarda pretoriana a proclamar Cláudio imperador. Durante este período, assistiu-se ao maior alargamento do império desde a época de Augusto. Após o suicídio de Nero em 68, teve início um breve período de guerra civil, durante o qual foram proclamados imperadores quatro generais. Em 69, Vespasiano triunfou sobre os restantes, estabelecendo a dinastia flaviana. O seu filho, Tito, inaugurou o Coliseu de Roma, pouco após a erupção do Vesúvio. Após o assassinato de Domiciano, o senado nomeou o primeiro dos cinco bons imperadores, período durante o qual o império atingiu o seu apogeu territorial no reinado de Trajano.
O assassinato de Cómodo em 192 desencadeou um período de conflito e declínio denominado ano dos cinco imperadores, do qual Septímio Severo saiu triunfante. O assassinato de Alexandre Severo, em 235, levou à crise do terceiro século, durante a qual o senado proclamou 26 imperadores ao longo de cinquenta anos. A imposição de uma Tetrarquia proporcionou um breve período de estabilidade, embora no final tenha desencadeado uma guerra civil que só terminou com o triunfo de Constantino em relação aos rivais. Agora único governante do império, Constantino mudou a capital para Bizâncio, rebatizada Constantinopla em sua honra, a qual permaneceu capital do oriente até 1453. Constantino também adotou o cristianismo, que mais tarde se tornaria a religião oficial do império. A seguir à morte de Teodósio, o domínio imperial entrou em declínio como consequência de abusos de poder, guerras civis, migrações e invasões bárbaras, reformas militares e depressão económica. A deposição de Rómulo Augusto por Odoacro é o evento geralmente aceite para assinalar o fim do império ocidental. No entanto, o Império Romano do Oriente prolongou-se por mais um milénio, tendo sido conquistado pelo Império Otomano em 1453.
O Império Romano foi uma das mais fortes potências económicas, políticas e militares do seu tempo. Foi o maior império da antiguidade Clássica e um dos maiores da História. No apogeu da sua extensão territorial exercia autoridade sobre mais de cinco milhões de quilómetros quadrados e uma população de mais de 70 milhões de pessoas, à época 21% da população mundial. A longevidade e extensão do império proporcionaram uma vasta influência na língua, cultura, religião, técnicas, arquitetura, filosofia, lei e formas de governo dos estados que lhe sucederam. Ao longo da Idade Média, foram feitas diversas tentativas de estabelecer sucessores do Império Romano, entre as quais o Império Latino e o Sacro Império Romano-Germânico. A expansão colonial europeia, entre os séculos XV e XX, difundiu a cultura romana a uma escala mundial, desempenhando um papel significativo na construção do mundo contemporâneo.