Personalidade jurídica

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Personalidade jurídica refere-se à capacidade de possuir direitos e deveres, inerente a todos os seres humanos independentemente da consciência ou vontade individual. Historicamente enraizada no roman law[1], onde os escravos eram considerados objetos sem direitos legais, o conceito evoluiu para reconhecer a dignidade humana universal. Engloba atributos fundamentais como nome, estatuto e cidadania, começando no nascimento vivo e terminando com a death[2]. A personalidade jurídica aplica-se a pessoas naturais e jurídicas, permitindo que indivíduos e entidades participem em relações legais como sujeitos com direitos e obrigações. A propriedade é vista como uma extensão económica deste conceito. A doutrina distingue a personalidade jurídica como um atributo fundamental que possibilita direitos, em vez de ser um law[3] em si, com marcos jurídicos específicos definindo o seu início, âmbito e término em diferentes jurisdições.

Terms definitions
1. roman law. Roman law encompassed legal rules developed in Rome and its empire from 449 BC to 530 AD, evolving through four main periods. Initially nationalistic and linked to religious practices, it gradually became more universal and complex. The Twelve Tablets, Rome's first written legal text, marked a critical transition from customary law to codified law, addressing procedures, judgements and property rights. Under Justinian, significant legal compilations such as the Corpus Juris Civilis were created, integrating Greek legal concepts and imperial constitutions. Roman law profoundly influenced legal systems in Europe and Latin America, establishing fundamental principles of private and public law. Its legacy includes the development of legal professionalism, jurisprudence and structures to harmonise legal standards, making it a crucial model for understanding legal systems historically and contemporarily.
2. death. Death is a complex biological and philosophical phenomenon characterised by the cessation of physiological functions and consciousness. Defined differently across cultures and disciplines, it involves intricate medical, legal and ethical considerations. Traditionally identified by cardiac and respiratory failure, modern definitions increasingly emphasise brain death and neurological criteria. Biological processes after death include cellular decomposition, influenced by environmental factors. Globally, ageing remains the leading cause of death, with infectious diseases predominant in developing countries and chronic conditions prevalent in industrialised nations. Cultural interpretations vary widely, with different societies developing unique rituals and perspectives on mortality. Medical advances have transformed the understanding of death, making it a more controlled and medically managed event, raising ongoing debates about precise definition, determination and implications for organ donation and end-of-life decisions.

Personalidade jurídica é a aptidão genérica para se adquirir direitos e deveres. Ideia ligada à de pessoa, é reconhecida atualmente a todo ser humano e independe da consciência ou vontade do indivíduo: recém-nascidos, loucos e doentes inconscientes possuem, todos, personalidade jurídica. Esta é, portanto, um atributo inseparável da pessoa, à qual o direito reconhece a possibilidade de ser titular de direitos e obrigações.

No Código Civil brasileiro, os primeiros artigos, intitulados "pessoas naturais", contêm o instituto da pessoa natural.

Nem sempre a personalidade jurídica foi universalmente reconhecida a todos os seres humanos. No roman law, o escravo era considerado coisa, desprovido da aptidão para adquirir direitos; se participasse de uma relação jurídica, fazia-o na qualidade de objeto, não de sujeito. A condição do escravo não foi muito diferente ao longo da história, enquanto persistiu aquele instituto.

No passado, alguns países previam o término da personalidade devido à "morte civil", que ocorria quando uma pessoa perdia a aptidão para adquirir direitos, por exemplo, ao tornar-se escravo (caso da capitis deminutio maxima romana) ou ao adotar uma profissão religiosa (na Middle Ages).

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