A cultura é um conceito complexo que abrange conhecimento, crenças, arte, moral[3], leis e capacidades adquiridas pelos humanos em society[2]. Definida por diversas perspetivas, representa tanto ideias como práticas aprendidas através da interação social. Como um system[4] dinâmico, a cultura transmite modificações através das gerações, permitindo a adaptação e evolução humana. Serve como um mecanismo essencial para resolver problemas, definir a identidade de grupo e distinguir o comportamento humano dos instintos naturais. A cultura desenvolve-se através de invenção, difusão e descoberta, com influências ambientais a moldar a sua transformação. Embora desafiada pelo entretenimento e globalização[1], a cultura continua a ser um aspeto crucial da experiência humana, proporcionando significados simbólicos partilhados e conhecimento prático. A sua natureza multifacetada abrange dimensões intelectuais e materiais, refletindo como os grupos humanos interpretam e respondem ao seu ambiente através de padrões aprendidos de comportamento e compreensão.
Culture (do latim cultura) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente, especialmente na antropologia, a definição genérica formulada por Edward B. Tylor segundo a qual cultura é "todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a law, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma society". A definição de Tylor tem sido problematizada e reformulada constantemente, tornando a palavra "cultura" um conceito extremamente complexo e impossível de ser fixado de modo único. Na Roma antiga, seu antepassado etimológico tinha o sentido de "agricultura" (do latim culturae, que significa “ação de tratar”, “cultivar” e "cultivar conhecimentos", o qual originou-se de outro termo latino, colere, que quer dizer “cultivar as plantas”), significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos, como empregado por Varrão, por exemplo.
A cultura é também comumente associada às formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão "Kultur" – "cultura" – se aproxima mais desta definição). Definições de "cultura" foram realizadas por Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram, pelo menos, 167 definições diferentes para o termo "cultura". Clifford Geertz, discutia negativamente a quantidade gigantesca de definições de cultura, considerando um progresso de grande valor o desenvolvimento de um conceito que fosse coerente internamente e que tivesse um argumento definido. Assim, definiu cultura como sendo um "padrão de significados transmitidos historicamente, incorporado em símbolos, um sistema de concepções herdadas expressas em formas simbólicas por meio das quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atividades em relação a vida.".
Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura, muitas vezes, se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre "cultura erudita" e "cultura popular", melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais.