Analysing the Right to Freedom of Expression in Cape Verde

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O law[11] à liberdade de expressão é um dos pilares fundamentais de qualquer society[7] democrática, sendo essencial para o desenvolvimento social, político e cultural. Em Cabo Verde, este direito é garantido pela Constitution[4] da República, que assegura a todos os cidadãos a liberdade de expressar e divulgar o seu pensamento através da palavra, imagem ou qualquer outro meio de communication[5]. Esta proteção constitucional está em conformidade com os padrões internacionais de human rights[3]such as Declaração Universal dos Direitos Humanos[1] and Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.

Cabo Verde tem sido frequentemente elogiado por sua estabilidade politics[8] e respeito aos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão. O país ocupa uma posição favorável em índices internacionais de liberdade de imprensa, como o Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras. No entanto, apesar destes avanços, desafios persistem, especialmente no que diz respeito à concentração de meios de comunicação e à autocensura, que podem limitar a diversidade de opiniões e o debate público.

Este relatório visa explorar o state[12] atual da liberdade de expressão em Cabo Verde, analisando tanto os progressos alcançados quanto os obstáculos que ainda precisam ser superados. A análise será baseada em dados legais, contextos regionais específicos e relatos de organizações de direitos humanos, proporcionando uma visão abrangente e crítica sobre o tema.

Contexto Histórico do Direito à Liberdade de Expressão em Cabo Verde

O Período Colonial e a Censura

Durante o período colonial, Cabo Verde, como muitas outras colônias portuguesas, enfrentou severas restrições à liberdade de expressão. Sob o regime do Estado Novo, liderado por António de Oliveira Salazar, a censura era uma ferramenta amplamente utilizada para controlar a informação e suprimir qualquer dissidência. A imprensa estava sob estrito controle governamental, e qualquer forma de expressão que fosse considerada subversiva ou crítica ao regime era rapidamente silenciada. Este ambiente de censura criou um clima de medo e autocensura entre os jornalistas e cidadãos. (fonte)

A Luta pela Independência e a Liberdade de Expressão

A luta pela independência de Cabo Verde, que culminou em 1975, foi um ponto de viragem crucial para a liberdade de expressão no país. Durante este período, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) desempenhou um papel fundamental na mobilização popular e na promoção de ideais de liberdade e autodeterminação. A independência trouxe consigo a promessa de um novo começo, onde os fundamental rights[2], incluindo a liberdade de expressão, seriam respeitados e promovidos. No entanto, a realidade pós-independência revelou-se mais complexa, com desafios significativos na implementação desses direitos. (fonte)

O Regime de Partido Único e as Limitações à Liberdade de Expressão

Após a independência, Cabo Verde adotou um system[13] de partido único sob a liderança do PAIGC, que mais tarde se tornou o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV). Durante este período, a liberdade de expressão continuou a ser limitada, com o governo exercendo controle sobre a mídia e outras formas de comunicação. A imprensa estatal era a principal fonte de informação, e a crítica ao governo era desencorajada. Este controle sobre a expressão pública refletia a preocupação do governo em manter a estabilidade e a unidade nacional em um período de construção do Estado. (fonte)

A Transição para a Democracia e a Expansão dos Direitos

A transição para a democracia multipartidária em 1991 marcou uma nova era para a liberdade de expressão em Cabo Verde. Com a introdução de um sistema político mais aberto, houve um aumento significativo no pluralismo da mídia e na diversidade de opiniões expressas publicamente. A Constituição de 1992 garantiu formalmente a liberdade de expressão, e novas leis foram implementadas para proteger este direito fundamental. Este período viu o surgimento de várias publicações independentes e o fortalecimento do jornalismo investigativo, refletindo um ambiente mais livre e dinâmico para a expressão pública. (fonte)

Desafios Contemporâneos e Perspectivas Futuras

Apesar dos avanços significativos, a liberdade de expressão em Cabo Verde ainda enfrenta desafios. Questões como a concentração da propriedade dos meios de comunicação, a influência política sobre a mídia e as pressões econômicas sobre jornalistas independentes continuam a ser preocupações relevantes. Além disso, o advento das redes sociais e das plataformas digitais trouxe novos desafios e oportunidades para a liberdade de expressão, exigindo uma adaptação contínua das estruturas legais e regulatórias para proteger este direito em um ambiente em constante mudança. (fonte)

O contexto histórico do direito à liberdade de expressão em Cabo Verde é marcado por uma evolução complexa, desde a repressão[10] colonial até os desafios contemporâneos em um ambiente democrático. A compreensão deste histórico é essencial para abordar as questões atuais e futuras relacionadas à liberdade de expressão no país.

Legislação Atual sobre a Liberdade de Expressão em Cabo Verde

Estrutura Constitucional e Proteção Legal

A Constituição da República de Cabo Verde, promulgada em 1992, é o principal documento que garante a liberdade de expressão no país. O Artigo 48 da Constituição assegura a todos os cidadãos o direito à liberdade de expressão, pensamento e informação, sem qualquer tipo de censura prévia (Constituição da República de Cabo Verde). Este artigo estabelece que todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, imagem ou qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos ou discriminações.

Além disso, a Constituição proíbe expressamente a censura, assegurando que a liberdade de imprensa é um direito fundamental. Este dispositivo constitucional é complementado por outras leis que regulam a comunicação social, como a Law[14] da Comunicação Social (Lei nº 56/VII/2010), que estabelece os princípios e normas para o exercício da atividade jornalística no país.

Regulação da Mídia e Órgãos de Supervisão

Em Cabo Verde, a regulação da mídia é supervisionada pela Autoridade Reguladora para a Comunicação Social (ARC), que é responsável por garantir a liberdade e a independência dos meios de comunicação. A ARC tem o poder de fiscalizar o cumprimento das normas legais e éticas no setor da comunicação social, assegurando que os direitos dos cidadãos à informação e à liberdade de expressão sejam respeitados (ARC Cabo Verde).

A legislação cabo-verdiana também prevê a criação de um Conselho de Comunicação Social, um órgão independente que tem a função de emitir pareceres sobre questões relacionadas à comunicação social e de promover a liberdade de imprensa e a pluralidade de opiniões. Este conselho atua como um mediador entre o governo, os meios de comunicação e a sociedade civil.

Desafios Legais e Questões de Implementação

Apesar das garantias legais, a aplicação prática da liberdade de expressão em Cabo Verde enfrenta desafios significativos. Um dos principais problemas é a concentração da propriedade dos meios de comunicação, que pode limitar a diversidade de vozes e opiniões no espaço público. Além disso, existem preocupações sobre a influência política nos meios de comunicação estatais, que pode comprometer a imparcialidade e a independência jornalística.

Outro desafio é a proteção dos jornalistas contra pressões econômicas e políticas. Embora a legislação preveja a liberdade de imprensa, jornalistas em Cabo Verde frequentemente enfrentam dificuldades financeiras que podem influenciar sua capacidade de reportar de forma independente. A falta de recursos adequados para o jornalismo investigativo é uma barreira adicional para a plena realização da liberdade de expressão no país.

Impacto das Tecnologias Digitais e Redes Sociais

As tecnologias digitais e as redes sociais têm transformado o panorama da liberdade de expressão em Cabo Verde. Plataformas como Facebook e Twitter oferecem novos espaços para o debate público e a troca de ideias, mas também apresentam desafios regulatórios. A legislação atual não aborda de forma abrangente o uso das redes sociais, o que levanta questões sobre a responsabilidade por conteúdos difamatórios ou falsos divulgados online.

Além disso, o governo tem enfrentado o desafio de equilibrar a liberdade de expressão com a necessidade de combater a desinformação e o discurso de ódio nas plataformas digitais. Em resposta, tem havido discussões sobre a necessidade de atualizar as leis existentes para incluir disposições específicas sobre o uso de tecnologias digitais e a responsabilidade das plataformas de mídia social.

Perspectivas para Reformas Legislativas

Diante dos desafios mencionados, há um crescente reconhecimento da necessidade de reformas legislativas para fortalecer a liberdade de expressão em Cabo Verde. As reformas propostas incluem a revisão das leis de comunicação social para garantir maior transparência na propriedade dos meios de comunicação e a criação de mecanismos mais eficazes para proteger os jornalistas contra a censura e a intimidação.

Além disso, há um movimento para desenvolver uma legislação específica que aborde as questões emergentes relacionadas às tecnologias digitais e às redes sociais. Isso inclui a definição clara de responsabilidades para as plataformas de mídia social e a implementação de medidas para proteger os cidadãos contra abusos online, sem comprometer a liberdade de expressão.

Essas reformas são vistas como essenciais para garantir que Cabo Verde continue a ser um exemplo de democracia e respeito pelos direitos humanos na região, promovendo um ambiente onde a liberdade de expressão possa florescer plenamente.

Desafios e Oportunidades para a Liberdade de Expressão em Cabo Verde

A Influência das Novas Tecnologias

A introdução de tecnologias digitais em Cabo Verde tem transformado significativamente o cenário da liberdade de expressão. As plataformas digitais, como redes sociais e blogs, oferecem novas oportunidades para a comunicação e o compartilhamento de informações. No entanto, também apresentam desafios, como a disseminação de desinformação e discurso de ódio. A legislação cabo-verdiana ainda está se adaptando a essas mudanças, buscando equilibrar a liberdade de expressão com a necessidade de regular conteúdos prejudiciais (fonte).

Desafios Econômicos e Sustentabilidade da Mídia

A sustentabilidade econômica dos meios de comunicação em Cabo Verde é um desafio persistente. Muitos veículos de mídia enfrentam dificuldades financeiras, o que pode comprometer a independência editorial e a qualidade do jornalismo. A dependência de financiamento governamental ou de grandes anunciantes pode influenciar a cobertura jornalística, limitando a diversidade de opiniões e a liberdade de expressão. Este cenário exige a criação de modelos de negócios sustentáveis que garantam a autonomia dos meios de comunicação (fonte).

Educação e Consciência Pública

A educação e a conscientização pública desempenham um papel crucial na promoção da liberdade de expressão. Em Cabo Verde, iniciativas educacionais que enfatizam a importância dos direitos humanos e da liberdade de expressão podem fortalecer a sociedade civil e capacitar os cidadãos a exercerem seus direitos de forma responsável. Programas de alfabetização midiática são essenciais para ajudar o público a navegar no complexo ambiente de informações digitais e a reconhecer fontes confiáveis (fonte).

Participação da Sociedade Civil

A sociedade civil em Cabo Verde tem um papel vital na defesa e promoção da liberdade de expressão. Organizações não governamentais e grupos de defesa dos direitos humanos trabalham para monitorar violações e pressionar por reformas legais que protejam este direito fundamental. A colaboração entre o governo, a sociedade civil e organizações internacionais é crucial para abordar os desafios existentes e criar um ambiente propício para a liberdade de expressão (fonte).

Impacto da Globalização

A globalização tem impactado a liberdade de expressão em Cabo Verde de várias maneiras. Por um lado, facilita o acesso a uma ampla gama de informações e perspectivas internacionais, enriquecendo o debate público. Por outro lado, a influência de atores globais pode introduzir pressões externas que afetam a autonomia local dos meios de comunicação. Este fenômeno exige uma abordagem equilibrada que valorize o intercâmbio cultural sem comprometer a soberania informativa do país (fonte).

Ao analisar os desafios e oportunidades para a liberdade de expressão em Cabo Verde, é evidente que a interação entre fatores locais e globais molda o panorama atual. A adaptação contínua das estruturas legais e sociais é essencial para garantir que a liberdade de expressão seja protegida e promovida em um ambiente em constante evolução.

Conclusion

O direito à liberdade de expressão em Cabo Verde tem uma trajetória marcada por desafios históricos e avanços significativos. Desde o período colonial, caracterizado por uma censura rigorosa sob o regime do Estado Novo, até a luta pela independência e a subsequente era de partido único, a liberdade de expressão enfrentou severas restrições. A transição para a democracia multipartidária em 1991 representou um marco importante, com a Constituição de 1992 garantindo formalmente este direito fundamental e promovendo um ambiente mais pluralista e dinâmico para a expressão pública (Constituição da República de Cabo Verde).

Apesar dos progressos, Cabo Verde ainda enfrenta desafios contemporâneos significativos. A concentração da propriedade dos meios de comunicação, a influência política sobre a mídia e as pressões econômicas sobre jornalistas independentes são questões que continuam a limitar a plena realização da liberdade de expressão. Além disso, o impacto das tecnologias digitais e das redes sociais introduziu novos desafios regulatórios, exigindo uma atualização das estruturas legais para lidar com a desinformação e o discurso de ódio online (Freedom House).

Para garantir a proteção e promoção contínua da liberdade de expressão, é essencial que Cabo Verde implemente reformas legislativas que abordem essas questões emergentes. Isso inclui a revisão das leis de comunicação social para assegurar maior transparência e independência dos meios de comunicação, bem como o desenvolvimento de legislação específica para regular o uso de tecnologias digitais. A colaboração entre o governo, a sociedade civil e organizações internacionais será crucial para criar um ambiente onde a liberdade de expressão possa florescer plenamente, consolidando Cabo Verde como um exemplo de democracia e respeito pelos direitos humanos na região (Human Rights Watch).

Terms definitions
1. Declaração Universal dos Direitos Humanos ( Declaração Universal dos Direitos Humanos ) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela ONU em 1948, foi principalmente redigida pelo canadiano John Peters Humphrey. Enraizada em precedentes históricos como o Cilindro de Ciro e influenciada pelas atrocidades da II Guerra Mundial, o documento estabelece princípios universais de direitos humanos. Considerada parte do direito internacional consuetudinário, define liberdades fundamentais e exerce pressão moral sobre governos que violam direitos humanos. A DUDH foi traduzida para numerosas línguas, inspirando quadros constitucionais em democracias emergentes e servindo como documento fundamental para a defesa dos direitos humanos. Os seus princípios são detalhados em tratados internacionais e amplamente citados por líderes, académicos e profissionais jurídicos. A declaração visa construir um quadro global que promova a paz, a democracia e a dignidade humana, tendo influenciado significativamente os subsequentes pactos de direitos humanos e padrões legais internacionais.
2. fundamental rights. Fundamental rights can collide in practice, even if constitutional norms are not structured hierarchically. When rights come into conflict, the principle of proportionality serves as a key mechanism for resolution, involving a careful assessment of adequacy, necessity and balanced consideration. Brazilian jurisprudence, particularly the Supreme Court, recognises the direct effect of fundamental rights on private relations, although international legal literature continues to debate the extent and scope of such application. Practical examples include tensions between freedom of the press and privacy rights, limitations in critical situations such as kidnappings, and the adjudication of complex scenarios in the contexts of employment, family and property. Academics such as Sarlet, Canotilho and Rolim have extensively investigated these dynamics, emphasising the nuanced approach needed to optimise the protection of rights while preventing disproportionate restrictions on individual freedoms.
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